A cena até que é comum no cinema. Um
personagem mal-intencionado leva o “mocinho” ou a “mocinha” a cometer um crime
porque o deixou hipnotizado. Nos romances, a expressão “hipnotizado” aparece
referindo-se àquele que está praticamente cego de amor. Mas, afinal, o que é a
hipnose e como ela é utilizada no cotidiano da população comum?
Diferentemente das cenas encontradas
na ficção, a hipnose é uma ferramenta cada vez mais usada por psicólogos e
terapeutas e até por alguns coaches. A técnica vem ganhando espaço na medicina e na odontologia como
coadjuvante da anestesia e também na área de segurança. Há cerca de dois anos,
saiu uma notícia nos jornais sobre uma parceria entre a Secretaria de Segurança
de São Paulo e o Hospital das Clínicas (que desenvolve pesquisas nessa área)
para utilizar a hipnose na obtenção de relatos de testemunhas traumatizadas.
Clinicamente, a hipnose vem
sendo frequentemente utilizada na cura de traumas, fobias, depressão,
ansiedade e até na melhoria do aprendizado. “Diferentemente do que muita gente
pensa, a hipnose só é possível de ser realizada se o paciente deixar, pois ele
precisa estar aberto aos comandos”, explica Vera Lucia Salles psicóloga
especializada em hipnose, que mantém um consultório na Avenida São
Camilo, em Carapicuíba.
“A hipnose”, explica Vera, “é uma
técnica que utiliza inteligência e potencialidade. É um processo acelerado de
terapia, que facilita acesso ao conteúdo inconsciente, fazendo corpo e mente
trabalharem de forma que a pessoa mal perceba o que aconteceu. Eu prefiro
chamar o inconsciente de mente sábia”.
Consciente protetor
A necessidade da hipnose para se
acessar o inconsciente rapidamente se dá porque a nossa mente consciente age
como se protegesse essa nossa essência, “É no consciente que recebemos e
filtramos o que chega do mundo externo. Filtramos por meio das nossas crenças,
preconceitos e julgamentos. No inconsciente, está a mente pura, daí o motivo de
eu a chamar de sábia”, analisa Vera.
“Nós temos todas as potencialidades
dentro da mente, no inconsciente. A diferença está no que conseguimos acessar
ou não, pelos bloqueios formados pelo consciente. Daí o uso da hipnose para
ultrapassar essa fronteira. O que nós somos externamente vai depender do que
conseguimos acessar e que pretendemos experimentar” explica a terapeuta.
Vera lembra que a psicologia junguiana,
linha na qual é formada, acredita no inconsciente coletivo e na memória
celular. Ou seja, acessamos de alguma maneira conhecimentos passados
que nem sempre são nossos. E tudo isso influencia o nosso ser.
Diferentemente da psicologia
tradicional, as mudanças de comportamento geradas pela hipnose não dependem de
se entender a raiz do trauma ou do problema. “Na hipnose, o que importa é a
melhora e não necessariamente o entendimento da origem da questão”. Por isso é
considerada uma terapia breve e com foco específico. Segundo a terapeuta o
número de sessões para a solução de um trauma ou outro problema pode variar,
mas a média são 10 sessões. “Já atendi pessoas que resolveram em uma mas também
outras que passaram das dez.”
Estado natural
Vera explica que a hipnose é um
estado natural do ser humano. “Experimentamos todos os dias sem perceber. Sabe
aquele momento em que vamos dormir que não sabemos muito bem se estamos
dormindo ou acordados? E quando assistimos a uma final de campeonato, que
estamos tão absortos no jogo que nem percebemos o que acontece à nossa
volta? Estamos falando de dois estados hipnóticos. Qualquer momento de extrema
concentração que nos tire o contato com o que acontece em volta pode ser
considerado hipnótico”.
É importante lembrar que a hipnose só
acontece se a pessoa permite ou quando ela esteja excessivamente fragilizada a
ponto de ter aberto a sua mente a qualquer influência externa. “Temos
mecanismos de defesa que nos protegem de sugestões contra o nosso desejo. Claro
que há casos extremos. É importante lembrar que a hipnose precisa ser aplicada
por profissionais devidamente qualificados e treinados. Há várias técnicas
desde a condução por meio de conversa, toques em determinadas áreas do corpo,
uso do pêndulo, entre outras”, finaliza Vera.
Serviço:
Hipnose com Vera Salles
Endereço: Av. São Camilo, 413- Sala 10 - Granja Viana
Telefone: 3231 0494
Hipnose com Vera Salles
Endereço: Av. São Camilo, 413- Sala 10 - Granja Viana
Telefone: 3231 0494
03/07/2013
por Karen Gimenez
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